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Foto do escritorPaulo Marcelo Pupin

A IMPORTÂNCIA DO CONTROLE DE ESTOQUE


Atualmente as empresas buscam cada vez mais a otimização de seus recursos, tanto no quesito financeiro, prazos e qualidades, a fim de entregar valores aos clientes, e um dos itens de suma importância para melhor eficiência desses recursos é o estoque.


Como o prazo de entrega e disponibilidade sendo características preponderante na escolha de um fornecedor, o estoque pode ser um fator de sucesso no critério de decisão, mas se não bem controlado e entendido poderá acarretar desvantagem comercial e trazer insolvência empresarial. Devido a essa importância devemos controlá-lo com o máximo de atenção. Porém antes de falarmos sobre como controlar os estoques, precisamos entender por que eles surgem e existem.


Os estoques existem basicamente por causa da disparidade de tempo, quantidades e ritmos entre o fornecimento e a demanda, além de incertezas e problemas dos ambientes externos e internos de operação e recursos. Com isso vale ressaltar a existência do “EFEITO CHICOTE” (Forrester Effect ou bullwhip effect), o qual cita a discrepância entre oferta e demanda, observando que quanto mais distante a empresa estiver do consumidor, maiores serão as variações do tamanho dos estoques e dos pedidos.


Uma das principais razões da existência de estoques, são as variações na Demanda, afetando dessa maneira o Planejamento – para se ter uma melhor previsibilidade é necessário analisar a quantidade e qualidade das informações, considerando as dificuldades, incertezas e variações, como por exemplo: tendências de mercado; taxa de crescimento projetada; vendas garantidas por contrato; histórico de vendas; sazonalidades; ações de marketing; etc. O Controle de estoque ajuda então, a monitorar e compreender todos os recursos materiais e de informação que são armazenadas e analisadas pelos setores produtivos. Serve para gerenciar os pedidos e recebimentos influenciando diretamente na produtividade dos colaboradores, e ajuda a empresa administrar o que (produto ou serviços), quando (momento exato), onde (lugar certo) e quanto (quantidade certa), gastando o mínimo possível.


Para entendermos como controlar estoque, precisamos entender os principais tipos, métodos e estratégias de controle, dos quais podemos citar:

Tipos de estoque - Matérias-primas e componentes, semi-acabados (Work in Process), produtos acabados e produtos de consumo ou indiretos (lixas, gasolina, etc).


Métodos de controles para saber o que quanto e quando pedir:

· Estoque mínimo – Indicador usado como segurança para a empresa evitar o desabastecimento e ter um tempo hábil de ressuprimento;


· Ponto de Pedido – Momento do Processo em que deve ordenar a compra de estoques para que não haja falta de materiais;


· JIT (Just in Time) – Redução de custos e eliminação de desperdícios, promovendo a melhoria contínua através da diminuição de estoques, melhorando dessa maneira a eficiência e qualidade dos produtos;


· Inventários – Garantia de acuracidade dos produtos, contagem para não haver falhas e faltas, necessários para mitigar problemas, podendo ser executado por ciclos ou periódicos;


· Peps ou Fifo – Sistema para que não ocorra deterioração de produtos com relação as datas de aquisições e armazenagem;


· Curva ABC – Hierarquia de Materiais mais valiosos, categorização por importância de valores e quantidades, classificação por item A, sendo mais importante, B menos importante e C sendo de menor importância.


Estratégias de Estoque

· Sistema Empurrada – sistema baseado em grandes demandas, com altos estoques para não deixar de atender e suprir o cliente;


· Sistema Puxado – nesse sistema a Demanda é bem conhecida pela empresa, onde o processo é iniciado após uma solicitação de compras do cliente final que irá movimentar todos os processos internos em uma cadeia sequencial que começara pela expedição e puxara toda a manufatura desde a matéria-prima até o produto acabado.


Razões para manter estoques:

· Pontos positivos: melhor atendimento aos clientes, ganhos de economia em escala, economia de produção (lotes de produção maiores), economia de transportes e incentivos de fretes, independência da cadeia de suprimentos, erros de fornecimento, greve de funcionários, inflações, tributações altas, bloqueios internacionais etc;


· Pontos Negativos: Custos de Manter estoque (imposto, aluguéis, preservação etc.), custo de oportunidade (investimentos podem deixar de serem feitos e ainda os materiais serem deteriorados), falta de capital e fluxo de caixa (investimento em capital parado), interrupções de demanda pelos clientes, obsolescência etc.


A ideia de estudarmos sobre estoques e controlá-los nos indica o melhor caminho para otimizá-lo, utilizando ferramentas para maximizar seu desempenho na corporação.

Diante do exposto, convido vocês a adentrarem neste “mundo”, para todas as empresas e profissionais que queiram agregar valor ao seu negócio ou carreira e garantir a perpetuação da empresa no cenário atual, onde falamos de um mundo Frágil, de Ansiedade, Não Linear e incompreensível (B.A.N.I.) que vivemos.


Professor Paulo Marcelo Pupin

Graduação em Administração pela EEP e Especialização em Finanças e Controladoria




ATENÇÃO: O conteúdo deste artigo é de inteira responsabilidade do autor, a instituição reproduz este conteúdo sem interferência ou participação.

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