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  • Foto do escritorLuís Fernando Rebel Machado

ELAS E NÓS


No dia 21 de setembro, comemora-se no Brasil o Dia da Árvore. Essa data tem por objetivo conscientizar a população sobre a importância dessa grande riqueza natural. A árvore tem um papel vital para nós. Elas, as árvores, desempenham um papel ambiental, extremamente importante. São organismos essenciais para o equilíbrio do planeta, pois desempenham funções para o controle da temperatura, aumento da umidade do ar, maior controle das chuvas, manutenção de nascentes, controle de erosão, manutenção da biodiversidade, além de produzirem frutos, madeira e outros produtos. Agentes ativos do clima, as árvores amenizam os efeitos poluentes absorvendo gases do efeito estufa (GEE), principalmente o dióxido de carbono (CO2), responsável por cerca de 60% do efeito-estufa, proveniente de ações e fatores antropogênicos tais como, queima de combustíveis fósseis (carvão mineral, petróleo, gás natural, turfa), queimadas e desmatamentos.

No dia 9/08/2021 o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) publicou, o relatório intitulado Climate Change 2021: the Physical Science Basis, relata que “as mudanças climáticas vão se agravar nos próximos anos e décadas se nada for feito para mudar o quadro da crise climática e ambiental”. Uma entre várias ações para mitigar o efeito estufa é a técnica de plantio de árvores, elas sequestram da atmosfera dióxido de carbono (CO2), através da fotossíntese e liberam oxigênio (O2). Segundo o Instituto Brasileiro de Florestas (IBF), a cada 7 árvores plantadas, é possível sequestrar 1 tonelada de carbono nos seus primeiros 20 anos de idade. Devemos também considerar que às árvores tem uma relação direta no impacto hídrico, pois, não existe sistema de abastecimento de água sem preservação das matas ciliares. Uma das maiores preocupações para que a água não se torne escassa nas cidades é a manutenção da vegetação nativa nas nascentes e margens dos rios. Um exemplo histórico do impacto hídrico pelo desmatamento, se dá no tempo do império. Segundo historiadores, “que em meados do século XIX, o Rio de Janeiro, então capital imperial, foi castigado por uma seca terrível e os sistemas que captavam água na Serra da Carioca e no Alto da Boa Vista praticamente foram à míngua. Naquela época, a capital, sofria com a superpopulação (o número de habitantes explodiu quando a cidade virou centro de poder da noite para o dia), ocupação desordenada das áreas de mananciais e desmatamento. Foi então que Dom Pedro II resolveu reflorestar a área que hoje é o parque nacional da Tijuca (Mata Atlântica), reconhecida por ter várias minas e que, na época, estava sendo desmatada por causa do avanço das lavouras de café”. Assim se deu o início ao processo de reflorestamento e regeneração natural da vegetação para evitar uma crise hídrica. Será que há mais de um século depois, estamos vivenciando um “déjà-vu”ambiental?


Devemos verbalizar a ação de plantar a consciência e condutas ambientais sustentáveis, para que lá no futuro, elas, as árvores, sejam o legado de vida deixado por nós.


Luís Fernando Rebel Machado

Presidente do COMDEMA (Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente)


Fontes: Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ), Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Instituto Brasileiro de Florestas (IBF), Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Programa Estadual de Mudanças Climáticas do Estado de São Paulo (PROCLIMA), Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC).


Déjà-vu. O termo é uma expressão da língua francesa que significa: "Já visto”




ATENÇÃO: O conteúdo deste artigo é de inteira responsabilidade do autor, a instituição reproduz este conteúdo sem interferência ou participação.

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